quinta-feira, 1 de outubro de 2009

“Que vírus apanhei? O novo ou um sazonal?”


Podíamos antecipar assim a conversa entre uma pessoa que neste Inverno irá ter gripe e o seu médico: "Estou com gripe. Será H1N1 ou gripe sazonal?". "Provavelmente nunca irá saber. E não é importante". Estranha resposta? Não, perfeitamente razoável.

A maior parte das pessoas com sintomas de gripe na estação gripal que está a começar não irá necessitar nenhum teste para despiste do H1N1, porque os resultados não iriam alterar o tratamento e a evolução natural da doença e da recuperação.

Até agora, a quase totalidade dos vírus Influenza têm sido H1N1. À medida que a estação da gripe avançar, Inverno dentro, diferentes vírus Influenza, muitos deles também do tipo A, estarão, provavelmente, em circulação.

Os chamados testes rápidos (que não são muito utilizados entre nós), apenas conseguem detectar entre 10% e 70% dos vírus do tipo A. Somente testes em laboratório de referência, utilizando técnicas como rRT-PCR (siglas que provêm do inglês “real-time reverse transcriptase polymerase chain reaction”) poderão ser definitivos, quer quanto à presença do vírus quer quanto ao seu tipo, subtipo e estirpe. Contudo, são caros e demoram algum tempo.

Assim, os testes serão focados apenas em casos clínicos que suscitem alguma preocupação – pessoas que são hospitalizadas com suspeita de gripe, pessoas como as grávidas ou com sistema imunitário debilitado, para as quais o diagnóstico de gripe ajudará os médicos a tomar as melhores decisões para o seu tratamento.

Artigo retirado integramente da newsletter do site Gripenet no qual aconselhamos a inscrição.

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